Guerra no Médio Oriente

Síria: rebeldes avançam para Damasco, ONU reúne-se de emergência

A ofensiva iniciada a 27 de novembro foi batizada de Operação Repelir a Agressão. É liderada pela Hayat Tahrir al-Sham, a Organização para a Libertação do Levante, nascida como afiliada da Al-Qaeda.

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O Conselho de Segurança da ONU reúne-se na terça-feira de emergência para discutir a guerra na Síria. O conflito reacendeu-se na semana passada. Os rebeldes que lutam contra o regime de Bachar al-Assad já controlam a maior cidade do país, Alepo, e avançam em direção à capital, Damasco.

No norte da Síria, os rebeldes celebraram a conquista de Kafr Nabl. A povoação de 15 mil habitantes na província de Idlib é a última perda territorial do regime de Bashar al-Assad.

Em Alepo, a coligação anti-governamental entrou no aeroporto. Assumiu já o controlo da cidade e apreendeu o armamento deixado pelas tropas de Damasco.

A ofensiva iniciada a 27 de novembro foi batizada de Operação Repelir a Agressão. É liderada pela Hayat Tahrir al-Sham, a Organização para a Libertação do Levante, nascida como afiliada da Al-Qaeda.

Os jihadistas combatem com forças curdas e outros movimentos não islamistas que lutam pelo fim do poder de Bachar al Assad, 13 anos depois da revolta da Primavera Árabe.

O Irão e a Rússia reafirmaram já o apoio a Damasco.

Os caças russos bombardearam esta segunda-feira Idlib, a cidade-reduto dos rebeldes.

Sem falar em apoio estrangeiro, o comandante das forças armadas sírias visitou as tropas na estrada de Damasco e garantiu que será feroz a contra ofensiva para recuperar a soberania territorial.

O Irão enviou o chefe da diplomacia a Damasco. Acusou os Estados Unidos, a Turquia e Israel de instigarem o conflito.

O Governo de Ancara que controla uma zona tampão fronteiriça e tem 2 milhões de refugiados sírios nega as acusações iranianas, mas é da Turquia a primeira organização governamental a entrar em Alepo e a distribuir ajuda alimentar aos civis da maior cidade da Síria.