Guerra no Médio Oriente

Ofensiva em Gaza faz 28 mortos, Telavive volta a ser palco de manifestações que exigem demissão de Netanyahu

Centenas de israelitas protestaram, ontem à noite, em Telavive, contra o Governo de Benjamin Netanyahu. Exigiram demissão do Executivo e pediram um acordo que permita a libertação dos reféns detidos pelas milícias palestinianas na Faixa de Gaza. Entretanto, a ofensiva israelita continua e, nas últimas horas, terá provocado a morte de pelo menos 28 palestinianos.

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Esta manhã, horas depois do ataque os habitantes de Deir al-Balah - uma cidade no centro de Gaza - ainda se procuravam sobreviventes debaixo dos escombros de uma casa que ficou totalmente destruída. Mas os dados das autoridades locais apontam já para que, só neste local, tenham morrido pelo menos 13 palestinianos, incluindo crianças.

Nas últimas horas, há registo de bombardeamentos em vários outros locais da Faixa de Gaza, que provocaram vítimas mortais. Por exemplo, numa antiga escola utilizada que é agora como abrigo para desalojados, mas onde Israel garante que funcionava um centro de comando do Hamas morreram oito pessoas.

Com uma ofensiva sem fim à vista em Israel, a noite foi de protestos contra o Governo. Os familiares de reféns que continuam desaparecidos exigiram, nas ruas de Telavive, um acordo para que sejam libertados.

Mas para muitos dos manifestantes só há uma solução - a queda do atual Governo.

Israel faz acusações contra Papa Francisco

Já no Vaticano, esta manhã, o Papa voltou a não esquecer a situação em Gaza. Foi o segundo dia consecutivo em que Francisco abordou o tema. Ontem numa primeira reação o Governo israelita acusou o Papa de ter "dois pesos e duas medidas".