As tensões entre Israel e o Hamas voltaram a subir e o tom ficou bem claro neste aviso deixado por Netanyahu: “Estamos prontos para regressar aos combates intensos em Gaza a qualquer momento. Os planos operacionais estão prontos”.
O primeiro ministro de Israel garantiu, ainda, que a luta contra o terrorismo está a ser feita em várias frentes, anunciando a entrada de tanques israelitas na Cisjordânia pela primeira vez em 20 anos, como parte de uma intensa ofensiva militar que já expulsou 40 mil palestinianos de campos de refugiados no território.
“Pela primeira vez em décadas, entraram tanques na Judeia e Samaria. Isto significa uma coisa: lutamos contra o terrorismo com todos os meios e em todo o lado”, disse o primeiro-ministro israelita.
Horas antes, alegando que as entregas dos reféns são humilhantes, Netanyahu tinha adiado a libertação dos prisioneiros palestinianos, por tempo indeterminado. Para o Hamas a decisão resume-se a uma tentativa deliberada de romper o acordo.
O grupo já veio dizer que não vai negociar os próximos passos até que sejam entregues todos os prisioneiros que não foram libertados este sábado, dia em que o Hamas entregou mais seis reféns.
Na Faixa de Gaza repetiu-se a cerimónia encenada com a exibição dos homens libertados num palco, rodeados de combatentes do Hamas, armados e encapuzados. Depois de mais de 500 dias em cativeiro puderam finalmente abraçar as famílias.
Em Telavive foi, entretanto, montado um memorial em honra à família Bibas. Os corpos foram entregues na 5ª feira passada, debaixo de uma forte polémica, depois da troca dos restos mortais de Shiri, mãe das duas crianças. O Hamas acabou por enviar outro corpo e Israel já confirmou que é o da refém israelita.