Guerra no Médio Oriente

CORRESPONDENTE SIC

UE avança com revisão do acordo com Israel, 17 países pedem entrada de ajuda na região

Bruxelas vai avançar com a revisão do acordo que serve de base às relações comerciais entre a União Europeia e Israel. Este é um primeiro passo para tentar pressionar o Governo de Netanyahu a permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. No entanto, nem todos os países, incluindo a Alemanha, estão dispostos a mexer nas relações com Israel.

A chefe da política externa da União Europeia, Kaja Kallas, ao centro à direita, cumprimenta o ministro da Defesa da Bulgária, Atanas Zapryanov, ao centro à esquerda, durante uma reunião dos ministros da Defesa da UE no edifício do Conselho Europeu em Bruxelas, terça-feira, 20 de maio de 2025.
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As imagens e o número de mortes que chegam de Gaza pressionam os Governos europeus a fazer mais para pressionar o Governo de Israel.

À falta de consenso para suspender as relações comerciais com Israel, há agora uma maioria de 17 países que quer verificar formalmente se Israel está a respeitar os direitos humanos, conforme previsto no acordo de associação com a UE.

Este exercício não tem, para já, um prazo definido para apresentar resultados, até porque nove países, incluindo a Alemanha, são contra mexer no acordo de associação com Israel.

Portugal pode aplicar sanções a ministros israelitas

No grupo dos países a favor estão os Países Baixos, França, Espanha, Áustria e Portugal, que pedem que Netanyahu permita, rapidamente, a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

"Exigir que esse bloqueio acabe. Sinalizámos à Suécia que também estamos disponíveis para a aplicação de sanções individuais a sete ministros do Governo israelita. Todos os sinais que possamos dar no sentido de parar esta situação, que pode agravar-se muito nos próximos dias", frisa Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros.

Esta terça-feira de manhã, a embaixadora da Palestina na UE pediu aos ministros mais ação.

Paulo Rangel não quer, para já, falar em genocídio, mas admite a gravidade da situação. Para o Governo português, também não é ainda o tempo de reconhecer o Estado da Palestina. França pretende avançar com esse reconhecimento já em junho.