As imagens e o número de mortes que chegam de Gaza pressionam os Governos europeus a fazer mais para pressionar o Governo de Israel.
À falta de consenso para suspender as relações comerciais com Israel, há agora uma maioria de 17 países que quer verificar formalmente se Israel está a respeitar os direitos humanos, conforme previsto no acordo de associação com a UE.
Este exercício não tem, para já, um prazo definido para apresentar resultados, até porque nove países, incluindo a Alemanha, são contra mexer no acordo de associação com Israel.
Portugal pode aplicar sanções a ministros israelitas
No grupo dos países a favor estão os Países Baixos, França, Espanha, Áustria e Portugal, que pedem que Netanyahu permita, rapidamente, a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
"Exigir que esse bloqueio acabe. Sinalizámos à Suécia que também estamos disponíveis para a aplicação de sanções individuais a sete ministros do Governo israelita. Todos os sinais que possamos dar no sentido de parar esta situação, que pode agravar-se muito nos próximos dias", frisa Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros.
Esta terça-feira de manhã, a embaixadora da Palestina na UE pediu aos ministros mais ação.
Paulo Rangel não quer, para já, falar em genocídio, mas admite a gravidade da situação. Para o Governo português, também não é ainda o tempo de reconhecer o Estado da Palestina. França pretende avançar com esse reconhecimento já em junho.