O embaixador Luís de Almeida Sampaio considera "lamentável e condenável" o incidente com diplomatas europeus em Jenin, na Cisjordânia, e defende que este tipo de situações não pode voltar a repetir-se.
"A ação dos diplomatas tem que ser protegida internacionalmente e também pelas autoridades israelitas".
O diplomata lembra que o contexto atual é marcado por uma catástrofe humanitária em Gaza, o que dificulta uma análise fria. Ainda assim, insiste na necessidade de procurar soluções.
"É evidente que Israel está determinado em eliminar o Hamas. Mas independentemente disso, que caminhos para o dia seguinte? Que caminhos para a paz?"
Para Almeida Sampaio, a União Europeia deve assumir um papel mais ativo: "Devia não apenas rever o acordo comercial com Israel, mas também fazer sugestões concretas de caminhos para o processo de paz. E isso, neste momento, não está em cima da mesa."
O embaixador sublinha que o Hamas continua a ser visto em Israel como uma ameaça existencial e um instrumento do Irão.
"Não é possível imaginar uma solução de dois Estados com o Hamas na equação".