O Irão voltou a bombardear Israel. Oito mortos e mais de 90 feridos é o balanço da terceira noite de ataques. Quatro mísseis atingiram pelo menos dois edifícios, há equipas de resgate no terreno para garantir que não há vitimas nos escombros. Pedro Cordeiro, editor de Internacional do Expresso, "já há uma guerra declarada em curso".
Perante um conflito que entra num círculo de retaliações, Pedro Cordeiro considera difícil prever como se conseguirá parar esta sucessão de ataques.
"Estamos em guerra aberta, há ataques de um lado para o outro e vice-versa, e portanto estamos numa fase em que já há uma guerra declarada em curso, é difícil perceber até onde é que isto vai. É difícil perceber até quando é que um dos lados terá uma vantagem negocial que torne mais rentável ao outro fazer cedências do que continuar a trocar tiros.
Neste momento eu diria que ainda estamos numa fase precoce para se conseguir prever um horizonte para o fim desta guerra", explica o editor de Internacional do Expresso.
Para Pedro Cordeiro, esta troca de ataques entre Israel e o Irã mostra "uma tendência para escalar", uma situação que considera preocupante tendo em consideração o contexto regional:
"Tendo em conta sempre a vontade de extermínio que o Irão sempre expressou, que este regime iraniano-islâmico dos ayatollahs sempre declarou em relação a Israel, e o contexto em que Israel está metido com a guerra em Gaza e com uma ameaça também à sua existência", sublinha o jornalista do Expresso.
As sirenes soaram em Israel pela terceira noite consecutiva. Os habitantes de Telavive foram obrigados a ir para os abrigos. Haifa, no Norte do país, foi outro dos alvos. Só nesta cidade pelo menos trinta pessoas ficaram feridas e uma refinaria foi atingida.
Desde o início do conflito entre Israel e o Irão terão morrido mais de 220 iranianos e 24 israelitas.