Os últimos ataques iranianos contra cidades israelitas provocaram mais destruição, tendo até atingido a embaixada norte-americana. Até ao momento, há quase duas dezenas de mortos em Israel, além de centenas de feridos e deslocados. O correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman, esteve com um luso-israelita que viu um míssil iraniano cair muito perto de casa.
A força aérea israelita continua a operar com quase total liberdade de ação no Irão, bombardeando alvos do seu projeto nuclear e do governo dos aiatolas.
O exército afirma que a rota de 1.800 quilómetros em cada direção, entre as bases aéreas israelitas e o Irão, está assegurada, e que centenas de aviões israelitas vão e voltam com relativa segurança, sobrevoando a Síria, a Jordânia e o Iraque, reabastecendo-se no ar.
Ainda assim, após vários dias de guerra, continuam a chover mísseis balísticos iranianos sobre todo o território israelita, sendo cada salva composta por cerca de 50 mísseis, com um efeito mais mortífero do que nunca.
Roberto Schlieser vive em Israel há décadas, atualmente na cidade de Rishon Lezion, a sul de Telavive, mas nunca viu nada assim. Conta à SIC que um míssil caiu a poucos metros da sua casa.
"Israel tem capacidade para abater 90% dos mísseis, mas não se consegue abater a 100% e, portanto, pensa-se que, se os 40 ou 50 mísseis tivessem caído em Israel, qual seria a nossa situação?", questiona o luso-israelita.
Roberto, empresário nascido em Lisboa, afirma que Israel lançou este ataque fulminante na manhã de sexta-feira para travar a corrida nuclear iraniana.
"Tudo o que o Irão está a fazer é para destruir Israel"
Os israelitas dizem que lançaram um ataque fulminante na manhã de sexta-feira para travar a corrida nuclear iraniana. Segundo fontes israelitas, em pouco tempo, o Irão poderá cruzar o ponto de não retorno, pois já dispõe de urânio enriquecido suficiente para construir várias bombas nucleares. Segundo Roberto, esse é um risco que Israel não pode correr.
"Tudo o que o Irão está a fazer é para destruir Israel. O Irão criou os Houthis no Iémen e no Iraque, criou o Hezzbollah no Líbano (...) tudo para destruir Israel. Claro que temos de estar preocupados. No momento em que tiverem a bomba nuclear, acabou-se a história", diz Roberto.
Ninguém sabe quanto tempo vai durar esta guerra. A destruição no Irão e em Israel é cada vez maior e, por enquanto, não se vislumbra uma luz ao fundo do túnel.