O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse que o seu país poderia facilmente matar o líder supremo do Irão, à medida que se intensificavam as especulações sobre o possível envolvimento direto dos EUA no conflito, que Israel lançou na sexta-feira com o objetivo declarado de impedir o Irão de adquirir armas nucleares.
A questão da eventual intervenção militar dos Estados Unidos neste conflito é um tema transversal na imprensa internacional, mas é uma incógnita saber qual poderá ser a chave, o que poderá decidir se Trump dá luz verde ou não para os militares apoiarem Israel de forma direta, diz o editor de política internacional do Expresso, Pedro Cordeiro.
"É uma incógnita, porque as próprias palavras de Donald Trump não são muito claras sobre isto. Quando lhe perguntam o que quer, ele diz: 'Bom não, não é um cessar-fogo, o que eu quero é algo muito mais do cessar-fogo, é o fim disto', ficamos sem perceber de que forma e até onde é que ele está disposto a ir para forçar esse fim".
Donald Trump tem uma situação em que não é fácil vender à opinião pública americana, "militares americanos poderem potencialmente morrer num país longínquo, é coisa que desde a malfadada guerra do Iraque de há 20 poucos anos ficou muito difícil em termos de opinião pública americana".
Há alguma movimentação de meios militares para aquela zona, não só dos Estados Unidos como também do Reino Unido.
"Mas o que sabemos é que uma entrada num país como os Estados Unidos em qualquer guerra é um fator modificador dessa guerra, é um dado de extrema relevância, portanto indicaria um empenho e também um risco para o país (...) é sempre uma aposta de alto risco e que vai depender da avaliação que Trump e os seus conselheiros, se é que ele os ouve, fizerem exatamente dessa aposta de risco e dos potenciais custos e benefícios".