Guerra no Médio Oriente

Aliados mantêm-se aliados, mas pede-se regresso à mesa de negociações

Apesar dos bombardeamentos americanos, a Alemanha quer que Teerão retome negociações com Washington. Já a Rússia acusa os Estados Unidos de fazer vista grossa aos palestinianos mortos por Israel enquanto põe em perigo a humanidade. 

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Com o risco de escalada da guerra no Médio Oriente, aumentam os perigos de uma subida nos preços de petróleo e gás, exportado pela região para todo o mundo. Aliados antigos mantêm-se aliados, mas pede-se com firmeza regresso às negociações e travão nos ataques e contra-ataques. 

A Austrália apoia os ataques norte-americanos, mas também pede negociações diplomáticas. A Europa acompanha a situação com uma ideia repetida: 

“O mundo compreende que o Irão nunca poderá ter uma bomba nuclear [...] O que o regime do Irão fizer a seguir determinará o seu futuro. Há um caminho para a paz”, lembra Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu. 

Apesar dos bombardeamentos americanos, a Alemanha quer que Teerão retome negociações com Washington. 

Coreia do Sul teme consequências

Grande parte do petróleo produzido no Golfo Pérsico destina-se ao extremo Oriente, daí que a preocupação também seja com a economia na Coreia do Sul. 

"Devido à crescente incerteza, a situação económica - especialmente os mercados cambial, financeiro e de capitais - está a tornar-se altamente instável”, constata Lee JaeMyung, Presidente sul-coreano. 

A Norte, o regime de Pyonyang condena os ataques americanos contra o irão e denuncia a violação da carta das Nações Unidas, onde o conselho de segurança ouviu a constatação de António Guterres: 

“O bombardeamento de instalações nucleares pelos EUA marca uma viragem perigosa numa região que já está em risco. Os povos da região não podem suportar outro ciclo de destruição.” 

Rússia junta-se à China e ao Paquistão

Já a Rússia acusa os Estados Unidos de fazer vista grossa aos palestinianos mortos por Israel enquanto põe em perigo a humanidade. 

O país que invadiu a Ucrânia há três anos e meio juntou-se, agora, à China e ao Paquistão. É proposta uma resolução para um cessar-fogo imediato e incondicional. 

Para que possa ser aprovada, não poderá ter qualquer veto de nenhum dos membros permanentes, como os Estados Unidos.