Guerra no Médio Oriente

Trump acusa Israel e Irão de violarem cessar-fogo e exalta-se com jornalistas

Donald Trump exaltou-se a falar com os jornalistas, depois de várias questões sobre a violação do cessar-fogo entre Israel e o Irão.

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O Presidente norte-americano admitiu, esta terça-feira, que Israel e Irão violaram o cessar-fogo anunciado por si na segunda-feira à noite, manifestando-se desapontado e afirmando não estar satisfeito com o seu aliado Israel.

"Não estou satisfeito com Israel", sublinhou, enquanto uma mensagem sua nas redes sociais exigia a Telavive que fizesse regressar os seus pilotos a casa.

Em declarações aos jornalistas antes de partir para a cimeira da NATO em Haia, nos Países Baixos, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump disse que não gostou que os dois países se tivessem atacado pouco depois de terem alcançado um acordo de tréguas, mostrando-se desiludido com a continuidade dos ataques mútuos.

"Eles [iranianos] violaram [o cessar-fogo], mas Israel também violou", disse Trump.

Antes, na rede social da qual é proprietário, escreveu "Israel, não lancem essas bombas. Se o fizerem é uma violação grave. Tragam os vossos pilotos para casa, já!".

Trump admite violações do cessar-fogo de ambos os lados

Israel e Irão aceitaram um plano de cessar-fogo proposto por Trump para pôr fim à guerra de 12 dias que abalou o Médio Oriente, depois de Teerão ter lançado um ataque com mísseis de retaliação contra uma base militar norte-americana no Qatar.

A aceitação do acordo por ambos os lados não impediu o Irão de lançar, esta manhã, um ataque com mísseis contra Israel, que matou pelo menos quatro pessoas, enquanto Israel lançou uma série de ataques aéreos contra locais de toda a República Islâmica.

O exército israelita afirmou ter detetado ainda outro bombardeamento iraniano duas horas e meia horas após o início do cessar-fogo, fazendo soar as sirenes de alerta, o que foi negado pelo Irão.

"Os relatos de lançamentos de mísseis do Irão após o cessar-fogo são falsos", garantiram as autoridades iranianas ao mesmo tempo que Israel anunciava ter ordenado um ataque retaliatório.

- Com Lusa