A localidade de Sweida, no Sul da Síria, foi palco de violentos confrontos entre as milícias drusas e os clãs muçulmanos sunitas, com a tensão na região a aumentar com os ataques israelitas a Damasco. ASkyNews, parceira da SIC, esteve no centro do conflito.
A correspondente especial do canal britânico, Alex Crawford, viajou para Sweida, onde enfrentou perigo extremo. Alerta-se, por isso, para a violência das imagens.
É o conflito sectário mais perigoso desde a queda do regime de Bashar al-Assad e não há sinais de que vá diminuir tão cedo. Milhares de combatentes tribais árabes viajaram de toda a Síria para a região drusa de Sweida.
São de várias tribos diferentes, mas o mais preocupante para as autoridades é que todos responderam ao apelo para lutar e têm como alvo um grupo miliciano druso.
A raiva sentida contra a comunidade, maioritariamente drusa, pode ser vista em todas as ruas e nas aldeias à volta da cidade de Sweida. Todas as casas e empresas drusas foram queimadas, destruídas ou saqueadas.
As tribos árabes insistem que acorreram à zona para ajudar os seus irmãos árabes, os beduínos, depois de uma torrente de mortes por vingança e de raptos contra eles perpetrados pelas milícias drusas.
Esta situação surge dias depois de as tropas governamentais que entraram em Sweida terem sido bombardeadas e forçadas a retirar depois de Israel ter efetuado vários ataques aéreos, matando centenas de soldados e civis.