Guerra no Médio Oriente

Tanques israelitas entram pela primeira vez no centro da Faixa de Gaza

Esta segunda-feira fica marcada por mais um ataque contra um local de distribuição de ajuda humanitária, onde, pelo menos, 81 pessoas morreram alvejadas pelas forças israelitas quando aguardavam por comida. 

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Os tanques israelitas entraram esta segunda-feira pela primeira vez no centro da Faixa de Gaza, onde estão milhares de deslocados. O início da operação terrestre em Deir el-Balah coincide com novos ataques contra civis em locais de distribuição de ajuda humanitária. Alerta-se para a violência das imagens. 

Os tanques israelitas avançaram pela primeira vez em Deir Al-Balah, onde se concentram 80.000 deslocados, que não têm mais para onde ir, numa altura em que 87% de Gaza está sob ordens de evacuação, o que deixa dois milhões de civis amontoados em 12% de um território sem serviços essenciais e sem comida. 

Deir Al-Balah é a única cidade de Gaza que não sofreu danos significativos de guerra, já que Israel acredita que parte dos reféns possam estar nesta zona. 

Ainda assim, como refere a imprensa israelita, e mesmo sabendo da probabilidade de o Hamas estar prestes a aceitar um cessar-fogo, Benjamin Netanyahu deu ordens para uma operação terrestre em Deir al-Balah, cidade que concentra parte importante do esforço de ajuda humanitária, num território onde a fome é usada como arma de guerra. 

Esta segunda-feira fica marcada por mais um ataque contra um local de distribuição de ajuda humanitária, onde, pelo menos, 81 pessoas morreram alvejadas pelas forças israelitas quando aguardavam por comida. 

Já este domingo, 85 pessoas tinham sido mortas pelas tropas israelitas quando procuravam alimento. 

Mais de 20 países emitem mensagem contra guerra em Gaza

Esta segunda-feira, um grupo de 24 países, entre os quais Portugal e a Comissão Europeia, divulgou uma mensagem conjunta, declarando que a guerra em Gaza "tem de terminar já”.  

Os signatários alegam que o sofrimento dos palestinianos atingiu níveis sem precedentes e consideram chocante que mais de 800 palestinianos tenham sido mortos enquanto procuravam ajuda humanitária, condenando a recusa do governo israelita em prestar assistência humanitária aos civis.  

Apelam ao compromisso urgente de um cessar-fogo e ao governo israelita para que levante imediatamente as restrições ao fluxo de ajuda humanitária e às missões das Nações Unidas. 

Em reação, o governo de Benjamim Netanyahu considera que a declaração passa uma mensagem errada ao Hamas.