Paulo Rangel reconhece que o passo da França é relevante, mas, para já, não se compromete. Na próxima semana há uma conferência em Nova Iorque – organizada pela França e Arábia Saudita – sobre a solução de dois Estados.
O ministro dos Negócios Estrangeiros vai participar e o encontro, defende, ajudará a explicar se o caminho para Portugal reconhecer o Estado da Palestina está agora reforçado.
A França aponta para setembro o anúncio formal, à margem do Fórum Eurafrican, em Carcavelos. Paulo Rangel diz que não se sente pressionado.
Não é definida, mas o diálogo e a concertação ajudam, na política e nas ausências, como foi o caso de Portugal numa cimeira em Bogotá, a meio de julho, onde o objetivo era anunciar medidas contra as violações do direito internacional por parte de Israel.
O tema é tudo menos simples, e até o Presidente da República já foi confrontado com a questão. O Parlamento chumbou o reconhecimento imediato, pedido pela esquerda, com os votos contra do PSD, Chega, IL e CDS.
Mas o debate vai continuar, até porque há uma petição que levará a questão de novo à Assembleia, assinada por mais de 30 mil pessoas, junta nomes como Marta Temido, Sérgio Godinho e Jorge Palma, e pede ao Governo que reconheça o genocídio em Gaza.