O exército israelita garante que não ataca alvos civis, mas as imagens que chegam diariamente parecem desmentir a alegação. Só neste ataque à cidade de Gaza morreram três crianças. Aconteceu na madrugada de terça feira numa zona residencial.
Do bombardeamento resultou o choque e um amontoado de ruínas. Ao final da tarde de terça-feira ainda se procuravam vítimas. O chefe da agência das Nações Unidas para a assistência aos refugiados da Palestina diz que Gaza está tornar-se em "cemitério do direito internacional". Em entrevista ao jornal espanhol El País volta a denunciar a ofensiva israelita que está agora concentrada na conquista da maior cidade do enclave.
“Estamos a agir para derrotar o Hamas, mas, ao longo do caminho, conseguimos coisas maravilhosas porque rompemos o eixo iraniano”, disse o primeiro-ministro israleita.
Netanyahu diz que a cidade de Gaza é o último bastião do Hamas e não está disposto a baixar as armas. A liderança do exército israelita tem outra posição: alerta que a incursão militar está a colocar em risco os reféns que ainda estão vivos.
Esta terça-feira familiares das vítimas do massacre de 7 de outubro juntaram-se em Jerusalém para uma nova manifestação. Querem que o governo israelita aceite o acordo que já foi aprovado pelo Hamas.
O documento prevê um cessar fogo inicial de dois meses e a entrega faseada de cerca de metade dos reféns. Netanyahu não aceita; exige a libertação de todas as vítimas e a derrota total do grupo que há quase dois anos voltou a incendiar o Médio Oriente.