O braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas, as Brigadas al-Qasam, reivindicaram esta terça-feira a autoria do atentado de segunda-feira em Jerusalém que matou seis pessoas.
Numa mensagem difundida nos seus canais de comunicação, o grupo afirmou que o ataque mostra que todas as "tentativas falhadas de secar as fontes de resistência" por parte de Israel apenas resultarão em "derramamento de sangue" por parte dos soldados e dos "colonos criminosos".
De acordo com as Brigadas al-Qasam, as tentativas de Israel de criar um "estado de dissuasão" através da punição coletiva não estão a funcionar.
"Estas tentativas miseráveis só servirão de rastilho para uma explosão geral", advertiu o grupo.
O ataque de segunda-feira, em que dois palestinianos da Cisjordânia ocupada abriram fogo numa paragem de autocarro, ocorreu perto de dois colonatos israelitas em Jerusalém Oriental, parte da cidade oficialmente anexada em 1980 pelas autoridades israelitas, numa decisão não reconhecida pela ONU.
Os dois atacantes foram abatidos no local por um soldado fora de serviço e por um civil armado.
Na sequência do ataque, o chefe do Estado-Maior do exército israelita, Eyal Zamir, declarou que tinha ordenado o "encerramento total" da cidade de onde provinham os dois atacantes.
Na terça-feira, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, anunciou que vai revogar as autorizações de trabalho dos residentes da zona de onde vieram os dois palestinianos e demolir os edifícios considerados "ilegais" por Israel.
O exército israelita anunciou no dia do ataque o envio de soldados para a zona do ataque e também para os arredores da capital da Cisjordânia, Ramallah, "para combater o terrorismo".
Katz afirmou também na segunda-feira que as forças de segurança israelitas vão agir "em todos os lugares contra o terrorismo" e reforçou que o ataque terá "consequências extremamente graves e de longo alcance".
Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, salientou que o país está "numa enorme guerra contra o terrorismo em todas as frentes" e prometeu também uma resposta das forças de segurança ao ataque.