A NATO espera um ataque em larga escala da Rússia na Ucrânia e colocou a sua força de reação rápida em alerta para defender os países aliados, anunciou esta terça-feira o secretário-geral da Aliança.
“Tudo sugere que a Rússia está a planear um ataque maciço na Ucrânia”, depois de enviar tropas para os territórios separatistas pró-russos de Donbass, no leste do país, disse Jens Stoltenberg após uma reunião extraordinária da comissão NATO-Ucrânia, na sede da Aliança, em Bruxelas.
Putin assinou, na segunda-feira à noite, o reconhecimento das repúblicas separatistas de Lugansk e de Donetsk, na região oriental do Donbass, e ordenou às forças armadas russas que entrassem naqueles territórios ucranianos numa missão de “manutenção da paz”.
“Não sabemos se a Rússia reconheceu as repúblicas de Donetsk e Lugansk ou apenas as partes ocupadas pelos separatistas. Não ficou claro“, acrescentou Stoltenberg.
“A Rússia prometeu retirar as suas tropas e, em vez disso, está a concentrar mais forças, em formação de batalha, prontas para atacar. (…) Outras tropas estão no Donbass, nas regiões de Donetsk e Lugansk, e isso está a agravar a situação”, acrescentou o secretário-geral da Aliança.
“A NATO está pronta para defender os aliados. A Força de Reação Rápida está em alerta, mas não foi mobilizada”, explicou Stoltenberg.
A Força de Reação Rápida da NATO conta com 40 mil soldados e incluiu uma força operacional conjunta de altíssimo nível de prontidão (VJTF), de 8.000 soldados.
“Enviamos reforços para a Europa de Leste e temos mais de prontidão. Temos mais de 100 aviões em alerta e 120 navios no mar“, pormenorizou Stoltenberg.
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