O Reino Unido defende sanções mais pesadas para a Rússia, entre elas barrar o acesso ao maior sistema de transferência bancárias do mundo, o chamado SWIFT. Mas a medida ainda não colhe apoio, porque há quem diga que pode ter consequências no Ocidente.
É o principal sistema de comunicação que os bancos utilizam para fazer transferências rápidas e seguras.
Tem sede na Bélgica, mas está em todo o mundo e é usado por mais de 11 mil bancos.
No entender de Boris Johnson, o maior defensor da medida, o bloqueio iria enfraquecer a economia russa porque sem este sistema os bancos ficariam limitados nas operações.
Só conseguindo, em muitos casos, fazer transações internacionais com cheques, o que poderia demorar semanas, atrasar negócios e torná-los mais caros.
Mas há quem alerte que, como em todas as sanções, esta possa fazer ricochete, ou seja, afetar mais os países do Ocidente que a própria Rússia.
Assim como o fornecimento de gás, que poderia facilmente ser posto em causa, o bloqueio à rede de pagamentos poderia fazer com que Moscovo optasse por utilizar outros sistemas ou aperfeiçoar um que já tem.
Desde a invasão da Crimeia, em cima da mesa estaria ainda um embargo económico da Rússia às importações a vários países europeus, entre eles, a Alemanha, a França e a Itália, o que faz com que, para já, o Governo alemão afaste o bloqueio aos russos.
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