As forças ucranians retomaram o controlo da cidade de Kharkiv, “eliminando” as tropas russas, anunciou o governador regional Oleg Sinegoubov, citado pela agência France-Press.
#BREAKING Ukraine army retakes Kharkiv, expelling Russian troops: governor pic.twitter.com/cnBVlOuLkJ
— AFP News Agency (@AFP) February 27, 2022
A segunda cidade da Ucrânia, Kharkiv (nordeste), está sob o controle das forças ucranianas horas depois do anúncio do avanço do exército russo e de combates nas ruas.
“Kharkiv está sob o nosso controlo total”, escreveu Sinegoubov nas redes sociais, assegurando que uma “eliminação de inimigos na cidade” estava em curso.
Kharkiv é a segunda maior cidade da Ucrânia, com 1,4 milhão de habitantes. Situa-se no nordeste, perto da fronteira russa.
Quarto dia da ofensiva russa na Ucrânia
A Ucrânia recorreu ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia para ordenar que Moscovo cesse as hostilidades, de acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Zelensky elogiou a formação de uma “coligação internacional anti-guerra” para apoiar a Ucrânia e apelou a cidadãos estrangeiros a ir e lutar “contra os criminosos de guerra russos” na “Legião Internacional” que a Ucrânia está a formar.
Desde quinta-feira, cerca de 368.000 refugiados fugiram dos combates na Ucrânia para os países vizinhos e os números “continuam a aumentar”, disse o Alto Comissariado da ONU para Refugiados. A Polônia tinha cerca de 156.000, e a Alemanha disponibilizou comboios gratuitos para todos os ucranianos vindos daquele país.
O Papa Francisco pediu a abertura “urgente” de corredores humanitários e pediu “que as armas sejam silenciadas” na Ucrânia.
O Exército russo, que o presidente Vladimir Putin saudou no domingo por “heroísmo”, recebeu ordens no sábado para expandir a ofensiva, alegando que Kiev recusou as negociações.
No sermão de domingo, o Patriarca Ortodoxo Russo Kirill apelidou os opositores de Moscovo na Ucrânia de “forças do mal”.
O Kremlin, que diz querer acabar com um suposto “genocídio” dos russos na Ucrânia, acusou no domingo a Ucrânia de não “aproveitar a oportunidade” para negociações após uma nova oferta para conversar com a Bielorrússia, que Zelensky recusou porque foi a partir da Bielorrússia que a Rússia lançou parte invasão à Ucrânia.
A Ucrânia recorreu ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia contra a Rússia, pedindo ao tribunal que ordene a Moscovo que cesse as hostilidades na Ucrânia, anunciou o Presidente ucraniano.
GUERRA NA UCRÂNIA AO MINUTO
- Zelensky saúda formação de “coligação” internacional de ajuda ao país
- Presidente da Ucrânia recusa negociar com a Rússia em território bielorrusso
- Volodymyr Zelensky, o “servo do povo” e alvo número um de Putin
- Vladimir Putin está ligado ao poder há mais de 20 anos
- Ucrânia: é a primeira vez desde a II Guerra Mundial que a Alemanha presta auxílio militar a um país
- Rússia visa aeroportos e refinarias, EUA e UE enviam mais armas e reforçam sanções