Guerra Rússia-Ucrânia

Petrolífera italiana vai vender participação no gasoduto que liga Rússia e Turquia

Além da Eni, também a Shell pretende terminar o seu envolvimento no gasoduto “Nord Stream 2”, após a invasão russa na Ucrânia.

Petrolífera italiana vai vender participação no gasoduto que liga Rússia e Turquia

A petrolífera italiana Eni anuncia que vai avançar com a venda da sua participação conjunta de 50%, em partes iguais com a russa Gazprom, no gasoduto “Blue Stream”, que liga a Rússia à Turquia.

“No que diz respeito à participação conjunta e igualitária com a Gazprom no gasoduto ‘Blue Stream’ (que liga a Rússia à Turquia), a Eni pretende prosseguir com a venda da sua participação”, diz um porta-voz da empresa à imprensa italiana.

Segundo o porta-voz, “a presença atual da Eni na Rússia é marginal”.

A Eni segue o exemplo de grandes petrolíferas, como as britânicas Shell e BP, que anunciaram esta semana a retirada de projetos na Rússia devido à invasão militar russa na Ucrânia iniciada há seis dias.

“A nossa decisão de partir foi tomada com convicção”, assegurou na segunda-feira o diretor-geral da Shell, Ben van Beurden, num comunicado enviado à bolsa de Londres.

As participações em causa na Shell valiam, no fim de 2021, cerca de 3 mil milhões de dólares e abrangiam em particular o envolvimento no projeto de gás natural “Sakhaline-2” no Extremo Oriente russo, segundo a nota.

A Shell também pretende terminar o seu envolvimento no gasoduto “Nord Stream 2”, que foi construído para transportar gás russo diretamente para a Alemanha sem passar pela Ucrânia.

No domingo, a petrolífera britânica BP anunciou que vai deixar a russa Rosneft, na qual detém uma participação de 19,75%, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.