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Empresários da indústria cerâmica temem onda de falências e despedimentos

Medidas como o lay-off simplificado, moratórias, linhas de crédito e redução da carga fiscal já foram pedidas ao Governo.

Empresários da indústria cerâmica temem onda de falências e despedimentos

Por causa do aumento do preço do gás natural, há várias indústrias cerâmicas já com os fornos parados. Em alguns casos, a despesa com esta fonte de energia mais do que triplicou nas últimas semanas e, se não houver apoios ou uma fixação de preços, muitas empresas podem mesmo entrar em falência nos próximos meses.

Como consequência imediata do aumento brutal do preço do gás natural, alguns fornos da empresa Cerâmica vão ser desligados já no próximo sábado e outros na semana que vem. Uma paragem, estimada, de pelo menos duas semanas.

Há um ano, o megawatt de gás natural podia custar entre 20/50 euros, mas esta semana ultrapassou os 220 euros. Se em março de 2021, a fatura mensal do gás rondava os 120 mil euros, 25% da despesa desta fábrica, neste momento, a fatura está nos 370 mil euros mês, mais do triplo.

O cenário nesta empresa do distrito de Aveiro pode vir a afetar outras. Em Portugal, há cerca de 1.200 empresas cerâmicas, de loiças, pavimentos e revestimentos que empregam 18 mil pessoas e faturam mais de 120 milhões de euros por ano.

A Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica (APICER) está em contacto com o Ministério da Economia, tendo já proposto medidas urgentes como o lay-off simplificado, moratórias, linhas de crédito e redução da carga fiscal no preço do gás e da eletricidade.

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