A assistência humanitária que o Governo da Ucrânia tenta enviar para a cidade de Mariupol, sitiada pelas forças russas, “continua bloqueada” desde o dia 24 de fevereiro disse esta segunda-feira o presidente ucraniano Volodimyr Zelensky.
A cidade portuária no sul da Ucrânia já não dispõe dos serviços de distribuição de gás, eletricidade e há falta de água, alimentos e medicamentos.
Num vídeo divulgado esta segunda-feira pela Interfax-Ucrânia, Zelensky afirma que as tentativas para entregar ajuda humanitária a Mariupol vão manter-se até que se possa prestar apoio à população civil.
“Infelizmente, o corredor humanitário em Mariupol foi bloqueado outra vez. Fizemos tudo o que era preciso. Fizemos um cessar-fogo. As tropas russas interromperam o movimento de transporte através de autocarros. Vamos continuar a tentar até que possamos ajudar a nossa gente”, acrescentou o presidente ucraniano.
De acordo com Zelensky, até ao momento “funcionaram mais de 10 corredores humanitários” em todo o país. O chefe de Estado, na mesma gravação, destacou os corredores humanitários que se mantêm operacionais em Kiev e Lugansk.
“Cerca de 5.500 pessoas salvaram-se ontem domingo e mais de 130 mil nos últimos seis dias“, declarou. “Devemos entender que isto também se fica a dever às negociações [entre Ucrânia e Rússia]”, disse referindo-se aos corredores humanitários que se encontram em funcionamento.
As autoridades da Rússia e Ucrânia realizaram três rondas negociais diretas tendo sido estabelecida a abertura de vários corredores humanitários mas nem todos estiveram operacionais.
Os dois lados acusam-se mutuamente sobre a interrupção dos corredores humanitários que devem servir para retirar civis assim como enviar ajuda de emergência às zonas mais afetadas pelos bombardeamentos da Rússia.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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