Um prédio foi bombardeado perto do centro de Kiev e a explosão danificou grande parte de um bairro – onde não haveria qualquer alvo militar. Foi um aviso da Rússia de que, com as dificuldades em avançar por terra, poderá arrasar a cidade por via aérea e sem qualquer hesitação em matar civis.
O orgulho ucraniano mantém-se firme e à prova de bala, mesmo que de vários prédios pouco reste.
Quem sobreviveu aos bombardeamentos em Obolon, um bairro residencial a 10 quilómetros do centro de Kiev, fala de uma madrugada traumática, cujas marcas ficam para a vida.
Os ucranianos começam a habituar-se aos cadáveres nas ruas e, num país mobilizado para a guerra, já faltam meios para responder às ocorrências.
Ao 19.º dia da ofensiva, nunca a coluna militar russa esteve tão próxima da capital. Durante a noite e toda a manhã, seguiram-se várias explosões, sobretudo na periferia da cidade.
Uma fábrica de aeronaves Antonov às portas da capital, na zona residencial de Kurenivka, também foi destruída.
Receia-se que, com as dificuldades em avançar por terra, Moscovo possa arrasar a cidade por via aérea.
No terreno, já estão centenas de mercenários. O Presidente da república russa da Chechénia, acusado de graves violações de direitos humanos e muito próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, já admitiu que está perto de chegar a Kiev e com muitos homens para combater ao lado das tropas russas.