As tropas russas bombardearam esta quarta-feira um teatro de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, que servia de abrigo a centenas de civis residentes na cidade cercada, fazendo um número ainda indeterminado de mortos e feridos, segundo fontes ucranianas.
Multiple reports that Russian forces dropped a bomb on Mariupol drama theatre where (at least until yesterday) hundreds of people were taking refuge. If confirmed refugees were still inside, this would be potentially the worst civilian harm incident and an undisputable war crime. pic.twitter.com/sDfhHULLCM
— Christo Grozev (@christogrozev) March 16, 2022
A Rada (Parlamento) da Ucrânia indicou que no interior do teatro, que ficou reduzido a escombros, se tinham refugiado dos bombardeamentos muitos civis e que se desconhece se há sobreviventes, porque nas imediações do edifício decorre uma intensa batalha e ninguém consegue entrar na zona.
O vice-presidente da câmara de Mariupol, Serhiy Orlov, indicou que no teatro estavam abrigadas entre 1.000 e 1.200 pessoas, mas que neste momento não há ainda números relativos a vítimas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, declarou que se trata de “outro horrível crime de guerra” cometido pela Rússia em Mariupol e que o edifício do teatro “está completamente destruído”.
“Houve um maciço ataque russo ao Drama Theater, onde estavam refugiados centenas de civis inocentes”, escreveu o ministro na rede social Twitter, acrescentando, em tom irónico, que “os russos não podiam saber que era um refúgio civil”.
Another horrendous war crime in Mariupol. Massive Russian attack on the Drama Theater where hundreds of innocent civilians were hiding. The building is now fully ruined. Russians could not have not known this was a civilian shelter. Save Mariupol! Stop Russian war criminals! pic.twitter.com/bIQLxe7mli
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 16, 2022
A situação é desesperada desde há dias em Mariupol, uma estratégica cidade portuária ucraniana na costa do mar interior de Azov, localizada entre a península da Crimeia (anexada pela Rússia em 2014) e o leste separatista de Donbass, pelo que a sua conquista é um objetivo prioritário das tropas russas.
Com LUSA