Dolgopolov tinha 32 anos quando decidiu abandonar o ténis profissional, em 2021. No currículo acumulou várias conquistas com as cores da Ucrânia. Chegou aos quartos de final do Open da Austrália em 2011 e alcançou o 13.º lugar do ranking. Agora, Alexandr trocou as raquetes por armas e rumou até Kiev para defender o país.
Used to be rackets and strings, now this🙄🙏🏻🇺🇦 pic.twitter.com/hdYjMDlMuo
— Alex Dolgopolov (@TheDolgo) March 16, 2022
Um dia antes da invasão russa, Dolgopolov fugiu para a Turquia com a mãe e a irmã. Mas a fuga não significou que o antigo tenista tenha desistido. Durante uma semana treinou com um ex-soldado profissional para estar preparado quando tiver de enfrentar o inimigo.
“Ficaram contentes por ajudar-me assim que souberam qual era o meu objetivo e, por isso, agradeço a todos os nossos amigos turcos. Não me tornei no Rambo numa semana, mas estou bastante confortável com armas e em cinco tentativas consigo acertas três na cabeça, a uma distância de 25 metros e num ambiente de treino, calmo“, indicou o antigo Dolgopolov nas redes sociais.
No início da carreira, o ex-tenista admitiu que sofria de síndrome de Gilbert e foi considerado como um “lutador”. A doença hereditária afeta o fígado e o sangue, provocando desgaste e fadiga. Agora, volta a ser apontado como corajoso, por enfrentar o exército russo.
Da Turquia conseguiu entrar na Ucrânia: “Por fim, estou em Kiev. Esta é a minha casa e vou defendê-la”, admite Dolgopolov.
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