Agostinho Pereira de Miranda, advogado especialista em Direito de Energia, em entrevista na SIC Notícias, revelou estar “bastante pessimista” relativamente ao que possa vir a ser o preço “não só do crude, mas muito em particular dos produtos refinados”.
“Este é um tempo em que nós não devemos de maneira nenhuma desistir da esperança, mas [a descida do preço dos combustíveis] é o território errado para termos esperança”.
Em entrevista na SIC Notícias, relativamente ao plano económico, refere:
“[Quando] a Alemanha, em particular, e a Europa deixarem de comprar petróleo, gás e carvão à Rússia (…) de facto vai ser um choque muito grande em todo o setor”.
O presidente da associação ProPública – Direito e Cidadania considera ainda não ser difícil substituir o petróleo. No entanto, “é muito provável que haja soluções que vão atirar o preço para níveis recorde, no plano histórico”.
Sobre a volatilidade nos preços, Agostinho Pereira de Miranda acredita que os combustíveis permitem uma menor oscilação “desde que haja vontade política nesse sentido”.
“E até agora essa vontade política não tem existido”, criticou.
O preço dos combustíveis deverá baixar já na próxima semana. Esta queda deve-se à descida na cotação do barril de Brent.
SAIBA MAIS
- Preço dos combustíveis: “Vai ter que haver descida”
- TAP sobe sobretaxa de combustível: impacto no preço dos bilhetes pode variar entre três e 25 euros
- Tripla crise na produção de papel: aumento dos preços da energia, dos combustíveis e das matérias-primas
- Preço do barril de petróleo Brent volta a subir
- Preço do barril de petróleo Brent atinge novo máximo desde 2013
