O primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, descartou este sábado enviar ajuda militar para a Ucrânia, mas disse que a Bulgária, aliado da NATO, irá continuar a dar assistência humanitária ao país.
“Estando tão perto do conflito, devo dizer que atualmente não poderemos enviar assistência militar para a Ucrânia. Isso não será possível”, disse Petkov, numa conferência de imprensa, na capital búlgara, com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.
A Bulgária não faz fronteira com a Ucrânia, mas recebeu milhares de refugiados, tendo concordado em receber um novo contingente de tropas da NATO como parte do esforço da aliança para reforçar no leste. O contingente inclui cerca de 150 soldados de infantaria do Exército dos EUA.
O 24.º dia de guerra
No 24.º dia de guerra, as autoridades confirmam a morte de 112 crianças desde o início da invasão russa.
Esta manhã, pelo menos nove pessoas morreram e 17 ficaram feridas num ataque aos subúrbios de Zaporíjia, onde está em vigor um recolher obrigatório de 38 horas.
Segundo o mais recente balanço das forças armadas ucranianas, um total de 14.400 soldados russos foram assassinados desde o início do conflito. A mesma fonte refere que foram destruídos, até ao momento, 95 aeronaves, 115 helicópteros e 466 tanques.
Foi anunciado também um novo cessar-fogo localizado, desta vez em Lugansk.
Isto numa altura em que o exército ucraniano diz ter conseguido bloquear o avanço das tropas russas em direção a Kiev, onde os sons das sirenes de alerta se repetem. Nos arredores da capital foram ouvidas explosões.
Em Mariupol, os combates chegaram ao centro da cidade. A noite foi de bombardeamentos em Mykolaiv e Sumy, onde um dos alvos foi um hospital.
O Presidente ucraniano pediu nova ronda de negociações com Moscovo e a Rússia anuncia usado mísseis hipersónicos, pela primeira vez em combate, no leste da Ucrânia, na sexta-feira.
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