A saída de mais de 3 milhões e meio de pessoas da Ucrânia tem levado ao abandono de muitos animais de estimação, que, no meio do desespero, acabam por ficar para trás. Os enviados da SIC Diogo Torres e Mário Cabrita encontraram um abrigo, junto à fronteira entre a Polónia e a Ucrânia, que acolhe mais de 170 animais resgatados na guerra.
Alguns animais, como um grupo de cães mostrado nas imagens, estão à espera daquela que acreditam que é a mãe e ninguém pode chegar perto de quem as encontrou, acabadas de nascer, num contentor do lixo em Kiev.
“Tinham sido deitadas ao lixo e ainda nem conseguiam abrir os olhos. Eu alimentei-as com um biberão. Quando elas finalmente abriram os olhos, viram-me e agora acham que eu sou a mãe delas”, explica a voluntária ucraniana Yulia Trusanova.
Não têm mais de 3 meses e por isso não estranham a nova casa. Depois de terem sido resgatadas na Ucrânia, foram transportadas para um abrigo temporário junto à fronteira da Polónia.
“Vamos procurar um abrigo para eles e uma outra família para que fiquem com alguém bom e que seja responsável”, acrescenta.
As cinco irmãs são as mais recentes dos 82 cães e 92 gatos acolhidos neste abrigo, num antigo armazém para produtos agrícolas do tempo da União Soviética, agora transformado em casa segura para os animais abandonados na guerra.
Przemic Malicz é o responsável pelo grupo de resgate e vem da Polónia.
Alguns voluntários seguem agora para a Ucrânia, em busca dos animais que ficaram para trás.
Os que estão doentes ou feridos ficam isolados, a todos é colocado um chip e são dadas vacinas à chegada.
São todos passeados três vezes por dia, durante um mês de quarentena ordenada pelo veterinário local.
Os carros dos voluntários passaram a ser o único perigo para os animais, que até agora estavam abandonados em plena zona de combate.
