Guerra Rússia-Ucrânia

Russos disparam tiros para o ar durante protesto dos habitantes de Kherson, Zelensky saúda coragem

A cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, foi tomada pelas forças russas.

Russos disparam tiros para o ar durante protesto dos habitantes de Kherson, Zelensky saúda coragem

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, saudou esta segunda-feira os manifestantes ucranianos da cidade ocupada de Kherson (sul) pela sua coragem em enfrentar as tropas russas que dispararam tiros para o ar para dispersar um protesto.

“Vimos escravos a disparar em pessoas livres, escravos da propaganda que substituiu a sua consciência”, disse Volodymyr Zelensky, num vídeo.

O chefe de Estado afirmou que a guerra transformou ucranianos comuns em heróis e que “o inimigo não acredita que tudo seja real”.

“Não há necessidade de organizar a resistência. A resistência dos ucranianos faz parte da sua alma”, acrescentou.

As tropas russas dispersaram hoje um protesto em Kherson, cidade ocupada no sul da Ucrânia, com tiros de armas automáticas e gás lacrimogéneo, causando pelo menos um ferido, segundo um responsável regional e meios de comunicação locais.

As imagens de vídeo transmitidas nas redes sociais por dois meios de comunicação locais, os sites Souspilné Novini e Most Kherson, mostram dezenas de manifestantes a avançar em direção ao centro de uma praça e, ao mesmo tempo, os soldados a ir de encontro a eles.

Estes meios falam de pelo menos um ferido, mostrando imagens de um homem idoso ensanguentado num vídeo cuja veracidade não pode ser comprovada, salienta a agência espanhola EFE.

A agência de notícias ucraniana Ukrinform fala de várias pessoas com ferimentos.Segundo o vice-presidente do Conselho Regional, Yury Sobolevsky, as forças russas disparam para o ar e utilizaram granadas de atordoamento e gás lacrimogéneo para dispersam manifestantes pacíficos que pediam a retirada das tropas russas.

Kherson, perto da Crimeia, território ucraniano ocupado e anexado por Moscovo em 2014, é a primeira grande cidade (mais de 200.000 habitantes) ocupada pelas forças russas após a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.Desde então tem sido palco de manifestações regulares dos seus habitantes contra o ocupante.