A apreensão de iates de oligarcas russos tem sido uma das realidades mais visíveis do efeito das sanções internacionais impostas em resposta à invasão russa da Ucrânia.
Roman Abramovich é um dos alvos dessas sanções, mas tem conseguido evitar a apreensão de um dos seus mega-iates, avaliado em 600 milhões de euros.
O Solaris está atracado no porto de Bodrum, na Turquia, país que não aderiu ao pacote de sanções da União Europeia. Desde 8 de março, quando saiu de Barcelona, que a embarcação de Abramovich tem evitado os portos de países da União Europeia.
Porquê?
As movimentações do iate de 160 metros têm sido interpretadas como uma forma de fugir às sanções económicas aplicadas pela União Europeia e pelo Reino Unido, já que desde que saiu de Espanha, só atracou no Montenegro e agora na Turquia, evitando as águas territoriais da Grécia.
A apreensão de iates é efeito das sanções internacionais aos oligarcas russos com ligações a Vladimir Putin, a que se juntam a congelamento de bens, proibição de disponibilização de fundos e proibição de entrada ou trânsito no território dos países que aderiram às sanções, o que não é o caso da Turquia.
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