A reunião extraordinária de líderes da Aliança Atlântica está a ser vista como um forte sinal dos aliados na condenação à invasão russa da Ucrânia, mas a NATO mantém a posição de não querer intervir e de reforçar a defesa.
A intensa jornada diplomática em Bruxelas arrancou com o encontro extraordinário de líderes da Aliança Atlântica. Esta é a primeira reunião presencial desde o início da invasão russa da Ucrânia e um claro sinal de compromisso dos paises da Aliança na condenação à guerra.
Antes do início da cimeira, o secretario-geral da NATO, Jens Stoltenberg, voltou a afastar a imposição de uma zona de exclusão aérea e a reforçar que a prioridade agora é investir nas tropas de dissuasão no flanco leste.
Na mesma linha, à chegada à cimeira, o primeiro-ministro António Costa frisou a ideia de que a NATO é defensiva e não desencadeia a guerra.
O chefe do Governo britânico, Boris Johnson, voltou a dizer que o Presidente russo já ultrapassou os limites e que o Ocidente tem de responder à altura, com o envio de armas para a Ucrânia e o aumento das sanções.
O tema das sanções adicionais contra a Rússia e a Bielorússia também deverá ser debatido na reunião do G7, que ocorre também na sede da NATO, seguido da reuniao do Conselho Europeu, que contará também com a presença do Presidente dos EUA, Joe Biden.
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