A guerra na Ucrânia começou há, exatamente, um mês. Às primeiras horas do dia 24 de fevereiro, o Presidente Vladimir Putin deu ordem para o início da invasão militar, que já matou centenas de pessoas, sobretudo civis, destruiu várias cidades, vilas e aldeias, e causou a maior vaga de refugiados na Europa, desde a II Guerra Mundial. A Unicef diz que metade de todas as crianças ucranianas são, neste momento, deslocados de guerra.
Os primeiros bombardeamentos, e as primeiras colunas militares, confirmaram o que os Estados Unidos e os aliados da Nato suspeitavam que estava para acontecer, mas que todos esperavam ser apenas uma ameaça. Às primeiras horas do dia 24 de fevereiro começou a guerra na Ucrânia.
“O objetivo é proteger aqueles que foram oprimidos e sujeitos a um genocídio às mãos do regime de Kiev durante oito anos. Nesse sentido, vamos desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia e levar a julgamento todos aqueles que cometeram múltiplos crimes de sangue contra civis“. Foi assim que, no primeiro dia da invasão, Vladimir Putin justificou aquilo que chama de “operação militar especial”.
A NATO lembrou que um ataque a um aliado, é um ataque a todos, e Bruxelas, os EUA e o Reino Unido puniram a Rússia com sanções económicas pesadas. O Presidente ucraniano, Volodimyr Zelensky, apelou desde logo a intervenção da Aliança Atlântica, que desde o dia da invasão diz que não se quer envolver diretamente no conflito. Quando os russos chegaram a Chernobyl e houve uma explosão na central nuclear, Zelensky alertou para os perigos do passado.
Nessa altura, uma caravana militar russa, de mais de 65 quilómetros, estava já a caminho de Kiev. Em simultâneo, os tanques do Kremlin entram em Kherson, a primeira capital regional a cair nas mãos russas, e Kharkiv e Mariupol continuavam a ser fustigadas.
A 8 de março tenta-se o primeiro corredor humanitário, a partir de Sumy. Nos dias que se seguem, enquanto decorriam negociações com a moderação da Bielorússia, alguns corredores permitem a fuga a milhares de civis. Outros falham e são atacados.
A força aérea russa bombardeia uma maternidade em Mariupol, e depois um teatro e uma escola. Locais onde centenas de pessoas procuravam refúgio. Fica claro, pelas imagens recolhidas pelos jornalistas no terreno, que a Rússia está a incrementar os ataques a zonas residenciais. E há cada vez mais refugiados.
Os russos bombardeiam uma instalação militar nos arredores de Lviv, muito perto da fronteira polaca. E ameaçam Odessa, no sul. Entretanto, a capital ucraniana resiste.
Desde 24 de fevreiro, centenas de pessoas já perderam a vida, na sua maioria, civis. Dez milhões tiveram de fugir das casas onde viviam, e quase quatro milhões passaram as fronteiras do país, tornando-se refugiados. Mais de metade das crianças ucranianas são deslocados de guerra.
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