Volodymyr Zelensky pede à NATO ajuda militar sem restrições para combater a Rússia e acusa Moscovo de usar armas químicas no conflito. No dia em que se cumpre um mês desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, o Presidente ucraniano participa esta quinta-feira em três cimeiras internacionais que decorrem em Bruxelas: a dos líderes da NATO, a do G7 e a do Conselho Europeu.
Não fosse a NATO, não fosse o Ocidente e talvez Volodymyr Zelensky já não reinasse em Kiev. O Presidente ucraniano sabe disso e discursando entre os demais na Aliança Atlântica, não deixou de agradecer o apoio militar que chega pelas fronteiras do país. Zelensky pede, ainda assim, muito mais para vencer a guerra:
“Para salvar as pessoas e as nossas cidades, a Ucrânia precisa de assistência militar sem restrições. Do mesmo modo que a Rússia está a usar o seu arsenal completo, sem restrições, contra nós”, disse o Presidente ucraniano.
Ao receber Zelensky, ainda que à distância, os 30 membros da NATO mostram a Vladimir Putin de que lado estão, mas nem por isso deixam de ouvir um alerta – a Rússia não só é mais poderosa neste conflito como está a desvirtuar as regras do jogo.
“A Rússia usou bombas de fósforo esta manhã. Mais uma vez, as crianças estavam a morrer, as pessoas estavam a morrer”, disse, durante a cimeira da NATO.
O chefe de Estado ucraniano não forneceu nenhuma prova nem revelou onde o ataque ocorreu.
Um mês depois do arranque da guerra, surge mais um recado do Presidente ucraniano à NATO, que ainda não mostrou que pode salvar vidas.
A NATO – Organização Tratado do Atlântico Norte tem 30 Estados-Membros. O Estado-Membro mais recente é a Macedónia do Norte, que entrou em 2020. São membros aspirantes a Bósnia e Herzegovina, a Geórgia e a Ucrânia.
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