A Cruz Vermelha Internacional admite não poder ajudar os civis que querem fugir porque as partes no terreno não estão a corresponder às exigências de segurança, nem a cumprir com o direito internacional.
Quem permanece em Mariupol vive uma situação insustentável, sem teto, sem energia, sem água e sem comida.
Sitiada desde o início da invasão, Mariupol está rodeada de blindados e carros de combate com a insígnia Z.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano apela ao mundo que criminalize o símbolo Z, que começou por ser uma indicação de origem das colunas militares russas, mas que entretanto foi adotado por quem apoia a guerra.
Dmytro Kuleba defende que exibir o símbolo é compactuar com cidades arrasadas, milhares de mortos e crimes de guerra.
ATAQUE À SEDE DA AUTARQUIA DE MYKOLAIV
Em Mykolaiv, pelo menos sete pessoas morreram num ataque com um míssil russo ao edifício que albergava a sede da autarquia.
O edifício de nove andares foi seccionado pelo míssil. O gabinete do presidente da Câmara desapareceu.
No momento do ataque estariam dezenas de pessoas nas instalações da sede da administração regional em Mykolaiv.
A maioria saiu ilesa, mas vários corpos foram recuperados dos escombros e duas dezenas de pessoas ficaram feridas, sobretudo pelos estilhaços de vidros que se espalharam pelo quarteirão.
Nos prédios residenciais mais próximos, os danos foram consideráveis.
Mykolaiv tem funcionado como escudo de Odessa, o porto estratégico no Mar Negro e as forças ucranianas não só têm evitado o avanço dos russos para sul como estarão a empurrá-los de volta para leste.
Para esta terça-feira foram acordados três corredores humanitários mas nenhuma das rotas parte de Mariupol. Quem pretender sair da cidade sitiada para Zaporizhzhya, terá que usar viatura própria.
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