José Milhazes e Nuno Rogeiro analisam o adiamento da data para pagamento de gás em rublos, a demissão de quatro peritos do Conselho de Segurança da Rússia e a posição do Kremlin em relação às negociações de paz.
O comentador da SIC, José Milhazes diz que “há claramente decisões internas” e que não sabe quem é que neste momento orienta o Presidente Putin, “porque as mudanças de posição” são muito “fortes”.
“Peskov veio dizer que não houve qualquer avanço positivo. Há uma confusão extrema das declarações que vêm de Moscovo. O representante russo nas conversações diz que afinal os ucranianos já aceitaram, e veio dizer que a Crimeia e o Donbass são casos fechados, ou seja, ninguém entende o que se passa na direção da Rússia”, afirmou José Milhazes.
Sobre o adiamento da data para pagamento de gás em rublos, Nuno Rogeiro fala numa “moeda instável”.
“O rublo é a moeda mais instável do mundo neste momento e pode ser manipulada. Isso vai violar o princípio da certeza dos contratos e é uma das razões porque os devedores não querem pagar na moeda russa”, disse o comentador da SIC.
José Milhazes explica que “primeiro terão que ser cumpridos todos os acordos que foram feitos em dólares e euros, e só depois é que essa norma poderá entrar em vigor, isto é, se a Europa aceitar, porque pode não aceitar, então aí vamos ter problemas com o fornecimento de gás russo”.
O Presidente russo demitiu quatro importantes conselheiros científicos do Conselho de Segurança da Rússia.
“São afastados porque eles assinaram documentos e manifestaram-se contra a invasão da Ucrânia”, disse José Milhazes.
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