A Rússia anunciou um cessar fogo-temporário para a retirada de civis de Mariupol. A operação pode permitir o resgate de milhares de habitantes que estão cercados há semanas, em condições cada vez mais insustentáveis.
É uma paisagem de destruição a perder de vista, confirmada pelas mais recentes imagens divulgadas pela Ucrânia. Em Mariupol, só 10% dos edifícios terá escapado aos bombardeamentos.
No meio das ruínas, a população aguarda uma oportunidade de fuga. E a esperança renovou-se com o anúncio de cessar-fogo temporário.
Serão cerca de 160 mil habitantes cercados, segundo as autoridades locais. Mas nem todos querem sair de Mariupol.
Nos últimos dias, os habitantes têm conseguido fugir sobretudo em carros particulares, em viagens arriscadas. Mas agora em Mariupol há cada vez menos viaturas disponíveis e o combustível também escasseia.
Quem deixou a cidade para trás, tem no futuro uma incógnita.
Apesar das garantias de cessar-fogo temporário, a operação de evacuação suscita dúvidas tendo em conta as tentativas anteriores que fracassaram por causa dos combates junto às rotas. A Cruz Vermelha exige segurança na retirada de civis de Mariupol após um ataque russo a um armazém que servia para guardar material de ajuda humanitária e que estava devidamente identificado.
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