A Europol enviou equipas para países que fazem fronteira com a Ucrânia com o objetivo de travar criminosos e “terroristas” que tentem entrar na União Europeia (UE) com o fluxo de refugiados ucranianos, foi esta sexta-feira anunciado.
“Para proteger a União Europeia e os refugiados ucranianos contra ameaças criminosas, a Europol enviou equipas operacionais para países europeus vizinhos à Ucrânia”, afirmou, através de um comunicado, a Agência da UE para a Coordenação Policial.
🇺🇦 War in Ukraine: Europol deploys operational teams to all frontline partner countries to protect the EU & Ukrainian refugees from criminal threats.
— Europol (@Europol) April 1, 2022
📍 There are now operational teams in 🇱🇹 🇵🇱 🇷🇴 🇸🇰 & 🇲🇩 with an upcoming deployment planned to 🇭🇺.
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A pedido destes países, a Europol tem agora agentes na Lituânia, Polónia, Roménia, Eslováquia e Moldova, e brevemente na Hungria.
Estas equipas, compostas por especialistas da Europol e por funcionários externos à agência, prestam assistência às autoridades nacionais no âmbito dos controlos de segurança secundários e das investigações nas fronteiras externas europeias.
As equipas estão lá para recolher informações no terreno e “identificar criminosos e terroristas que tentam entrar na UE com o fluxo de refugiados e explorar a situação”, explicou a Europol.
“Essas verificações de segurança secundárias são uma ferramenta importante para gerir o fluxo massivo de refugiados que saem da Ucrânia”, declarou a agência.
A Europol enviou equipas semelhantes a pedido dos Estados-membros da UE para países afetados pelo fluxo de migrantes que chegaram pelo Mar Mediterrâneo em 2016.
Em março, a Europol alertou para o risco de refugiados ucranianos que fogem da invasão de seu país caírem em redes de tráfico de pessoas ao chegar à UE, instando os países anfitriões a permanecerem atentos.
O leste da Europa tem sido uma região de origem fundamental para as vítimas de tráfico de seres humanos exploradas em toda a UE. É também uma região de origem de membros de muitas redes criminosas, lembrou a Europol.
Com LUSA
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