Esta quarta-feira, o Partido Comunista Português opôs-se à proposta de sessão parlamentar com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Um dos argumentos utilizados pela líder parlamentar do partido, Paula Santos, é de que “quem discursa no Parlamento português, normalmente, são chefes de Estado em visita oficial”. O jornalista da Visão e comentador da SIC, Luís Ribeiro, analisa a posição do partido.
Luís Ribeiro considera que o PCP apresenta “a retórica do costume”, isto é, a sessão parlamentar com o Presidente ucraniano “não ajuda à paz” e “fomenta a guerra e a escalada”.
Visto que Zelensky discursou em Parlamentos dos Estados-membros da União Europeia por videoconferência, “não sei o que o PCP esperava”, refere o comentador, lembrando que a Ucrânia está em guerra e que o Presidente não pode vir a Portugal em visita oficial.
“É todo um nível novo de argumentação por parte do PCP que nem os seus maiores críticos esperavam. Dar isto como desculpa é extraordinário”.
ZELENSKY VAI SER O PRIMEIRO CHEFE DE ESTADO A DISCURSAR POR VIDEOCONFERÊNCIA NA AR
O Parlamento português aprovou esta quarta-feira o discurso de Zelensky por videoconferência, com a oposição do PCP. Esta será a primeira vez que um chefe de Estado vai discursar por videoconferência na Assembleia da República.
Para justificar a decisão, a líder parlamentar do partido disse que a “proposta que está em cima da mesa não vai ao encontro do objetivo de defender a paz, de procurar uma solução negociada”.
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