Guerra Rússia-Ucrânia

Portugal vai enviar mais material militar “num futuro próximo”

Gomes Cravinho confirmou que está previsto o envio de material “seja defensivo, seja ofensivo”.

Portugal já enviou entre 60 a 70 toneladas de material de guerra para a Ucrânia e “enviará mais num futuro próximo”, disse esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, à chegada a uma reunião da NATO, em Bruxelas.

Questionado sobre se Portugal está disposto a fornecer mais equipamento militar à Ucrânia, depois de o secretário-geral da NATO ter advertido, à chegada para a reunião, que o país “tem uma necessidade urgente” de mais apoio militar e dito esperar que os aliados cheguem a um acordo nesse sentido, Gomes Cravinho confirmou que está previsto o envio de mais material de guerra, “seja defensivo, seja ofensivo”, ou seja, “material de proteção e também material ofensivo”, designadamente armas e munições.

“Portugal tem vindo a apoiar a Ucrânia. Já enviou mais de 60, 70 toneladas de material de guerra para a Ucrânia e enviará mais num futuro próximo”, disse, confirmando que o material a enviar em breve será do mesmo tipo, pois “é o material de que Portugal dispõe para poder colocar nas mãos dos ucranianos”.

Para “mais pormenores”, o novo chefe da diplomacia portuguesa remeteu questões para a sua colega ministra da Defesa nacional, e sucessora no cargo, Helena Carreiras.

Relativamente ao encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, que decorre entre hoje e quinta-feira na capital belga, João Gomes Cravinho indicou que os aliados discutirão o apoio que poderão continuar a dar à Ucrânia, questão que terão oportunidade de debater com o próprio chefe da diplomacia ucraniano, Dmytro Kuleba.

“Teremos connosco o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, o ministro Kuleba, que nos irá fazer um briefing sobre a situação que se vive atualmente na Ucrânia e a perspetiva que o Governo ucraniano tem sobre a situação e sobre os apoios que tem vindo a receber”, disse.

Relativamente à política de sanções à Rússia, e um dia após a Comissão Europeia ter colocado sobre a mesa a proposta de um quinto pacote de medidas restritivas da União Europeia dirigidas a Moscovo, o ministro comentou que, “infelizmente, a tendência é para se acentuarem as sanções”.

“Digo infelizmente porque isto resulta diretamente da posição da Rússia. A Rússia continua a agredir, continuar a cometer atrocidades, infelizmente, e, portanto, a tendência é para se aumentarem as sanções e não para se atenuarem”, declarou.

À entrada para a reunião, o secretário-geral da NATO admitiu que a Ucrânia precisa urgentemente de mais apoio militar e disse esperar que os Aliados, reunidos em Bruxelas ao nível de chefes da diplomacia, concordem em fornecer “muitos tipos diferentes de equipamento”.

“A Ucrânia tem uma necessidade urgente de apoio militar e essa é a razão pela qual é tão importante que os Aliados concordem em apoiar ainda mais a Ucrânia com muitos tipos diferentes de equipamento, tanto equipamento mais pesado, como também sistemas de armas ligeiros”, disse Jens Stoltenberg.

Com LUSA

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