A Organização Mundial da Saúde (OMS) já registou 102 ataques a instalações ou equipamentos de saúde durante a guerra da Ucrânia, em que 73 pessoas morreram e outras 51 ficaram feridas, informou a organização.
Em comunicado, a OMS especifica que a maioria dos ataques foi a instalações da rede de saúde, embora em 13 casos tenham tido como alvo veículos, incluindo ambulâncias.
“Estamos indignados com o facto de esses ataques continuarem, o que constitui uma violação do direito internacional humanitário”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que reiterou o pedido para que a Rússia acabe com o conflito.
Esses ataques terão efeitos de longo prazo no sistema de saúde ucraniano, alerta a OMS, observando que quase mil unidades de saúde estão em zonas de conflito ou próximas das linhas de frente.
“Profissionais de saúde em todo o país estão a arriscar as suas vidas para ajudar aqueles que precisam de cuidados de saúde e nem eles nem seus pacientes devem ser alvos”, insistiu Jarno Habicht, representante da OMS na Ucrânia.
Rússia insiste que Ucrânia está a encenar imagens
A Rússia voltou a insistir que as imagens do ataque a uma maternidade em Mariupol e de dezenas de civis mortos nas ruas de Bucha foram encenadas.
O porta-voz do Kremlin garantiu que as tropas russas não cometeram crimes de guerra e que os ucranianos utilizam civis como escudos humanos.
Em entrevista à Sky News, o porta-voz de Vladimir Putin admitiu ainda “perdas significativas” no exército russo por causa da guerra na Ucrânia.
“Temos uma perda significativa de tropas e é uma grande tragédia para nós”, disse Dmitry Peskov.
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