O presidente da câmara de Mariupol, Vadym Boichenko, diz que as últimas estimativas apontam para 21 mil civis mortos na cidade, desde que a guerra na Ucrânia começou.
O major-general Vítor Viana considera este um “número surpreende” que será o resultado da guerra urbana. Explica que é “um combate quase porta-a-porta” e, que antes de aí chegar, “há um grau de destruição muito elevado por meios poderosíssimos de artilharia ou carros de combate”.
“Este tipo de guerra provoca um grande grau de devastação e perdas de civis inocentes apanhados no meio desta confrontação.”
Na SIC Notícias, fala ainda da presença de mercenários, “quer de um lado, quer de outro”, que “desempenham funções que as forças armadas regulares não querem, nem podem desempenhar”: “[Mercenários] violam frequentemente os direitos humanos.”
O major-general fala ainda sobre os objetivos do Presidente russo. Considera que Vladimir Putin foi “obrigado a rever em baixa os seus objetivos políticos”.
“O primeiro objetivo – depor o Governo de Zelensky – não conseguiu. Não teve êxito em Kiev. Perdeu a batalha de Kiev”, afirma.
Para o ex-diretor do Instituto de Defesa Nacional, Putin reformulou os seus objetivos para atingir uma vitória estratégica, que passa pela neutralidade da Ucrânia e ter ganhos territoriais, que o permitam ir para a mesa das negociações com uma posição de força.
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