O Partido Liberal Democrático da Rússia propôs esta terça-feira a aplicação da pena de morte aos prisioneiros ucranianos que tenham participado em “torturas e atrocidades” contra civis e militares russos na guerra na Ucrânia.
O presidente interino da Comissão de Assuntos Internacionais da Duma, Leonid Slutsky, disse que a proposta poderá ser discutida se “encontrar apoio da liderança do país”.
“O Partido Liberal Democrático propõe a introdução de uma exceção à moratória sobre a pena de morte para os militantes ucranianos que participaram em torturas e atrocidades contra civis e militares russos e que foram feitos prisioneiros”, lê-se na proposta citada pela agência oficial TASS.
O partido tem 23 deputados dos 450 que constituem a Duma.
Quando questionado sobre a iniciativa do partido liberal, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse tratar-se de uma nova proposta e recusou pronunciar-se.
“Esta é uma nova proposta. Não sei se houve quaisquer movimentos na Duma sobre esta questão em termos de formalização desta iniciativa. Ainda não estou pronto para falar sobre qualquer reação”, disse Peskov.
A pena capital está prevista no código penal da Rússia, mas o país tem observado uma moratória desde 1996, aprovada pelo então Presidente Boris Ieltsin.
Segundo as autoridades ucranianas e desde o início da guerra, desencadeada pela invasão russa a 24 de fevereiro, a Ucrânia e a Rússia trocaram cinco vezes de prisioneiros.