Cerca de 50 mil trabalhadores russos perderam o emprego e 98 mil foram obrigados a gozar férias devido ao impacto das sanções internacionais e à saída das empresas estrangeiras, disse esta quarta-feira o Ministério do Emprego e Proteção Social.
“De acordo com os últimos dados, 98 mil trabalhadores estão inativos [por férias forçadas]. Em termos absolutos trata-se de um valor 2,5 mais elevado do que o que foi registado no dia 1 de março”, disse Andrei Pudov, vice-ministro do Emprego e Proteção Social da Rússia.
Os dados transmitidos por Andrei Pudov à Câmara Baixa do Parlamento russo (Duma) foram citados esta quarta-feira pela agência oficial TASS.
“Sobre os números das pessoas despedidas: são 50 mil pessoas” acrescentou.
As restrições económicas e a saída das empresas são uma consequência da postura internacional contra a atual campanha militar da Rússia na Ucrânia que se prolonga desde o dia 24 de fevereiro.
O vice-ministro afirmou que apesar dos despedimentos, férias forçadas e empregos com horário reduzido, “no princípio da primavera foram contratados [no país] mais de 2,5 milhões de pessoas”.
“Atualmente, cerca de 670 mil cidadãos estão registados nos centros de emprego, existindo 1,9 milhões de postos de trabalho na base de dados referentes a vagas para emprego”, disse aos deputados da Duma.
Na passada terça-feira, o presidente da Câmara de Moscovo, Serguei Sobiani, afirmou que cerca de 200 mil pessoas podem perder o emprego na capital da Rússia devido ao encerramento das empresas estrangeiras no país. Disse ainda que cerca de 300 companhias internacionais encerraram a atividade em Moscovo no final do mês de março.
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