Guerra Rússia-Ucrânia

Jerónimo desconfia que caso de ucranianos recebidos por russos em Setúbal tem como objetivo manchar imagem do PCP

Secretário-geral do PCP remete todas as explicações para a Câmara de Setúbal.

Jerónimo desconfia que caso de ucranianos recebidos por russos em Setúbal tem como objetivo manchar imagem do PCP

Jerónimo de Sousa disse esta sexta-feira desconfiar que o caso de ucranianos recebidos por russos em Setúbal tenha como objetivo manchar a imagem do PCP.

Confrontado no intervalo do debate do Orçamento do Estado no Parlamento com a posição do partido, o secretário-geral comunista remeteu todas as explicações para a Câmara de Setúbal.

O secretário-geral comunista defendeu que “a primeira pergunta que se coloca é de facto se isto é um caso único ou se existe uma generalidade de associações que são solidárias com os imigrantes”, após questionado se o PCP vai acompanhar os pedidos de audição no parlamento do presidente da Câmara de Setúbal anunciados por quase todos os partidos.

“Portanto não percebemos o enfoque em relação à câmara” de Setúbal, acrescentou.

Questionado se esta é uma questão sensível, dado que os dois países estão em guerra, o secretário-geral do PCP referiu que “aquela associação, aqueles que lá estão associados convivem bem uns com os outros”, ressalvando no entanto não ter “informações precisas”.

Já se esta situação pode prejudicar o PCP, Jerónimo disse desconfiar que “esse é o objetivo”.

“Mas que não é verdade, tendo em conta que existe por parte de diversas instituições essa solidariedade com aqueles que vêm para o nosso país”, defendeu.

Já se o Governo deverá esclarecer a situação, Jerónimo de Sousa disse que “sim, convém esse esclarecimento”.

“Mas eu acho que é possível esclarecer”, afirmou o secretário-geral comunista.

O semanário Expresso notícia esta sexta-feira que refugiados ucranianos são recebidos na Câmara de Setúbal por russos simpatizantes do regime de Vladimir Putin e que responsáveis pela Linha de Apoio aos Refugiados estão a fotocopiar documentos dos refugiados, entre os quais passaportes e certidões das crianças.

Ao Expresso, a Câmara de Setúbal nega estes interrogatórios e confirma que Igor Kashim esteve a dar apoio no gabinete e que colabora há algum tempo com unidades da administração central.

CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA

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