A coordenadora do gabinete jurídico do Serviço Jesuíta aos Refugiados e da plataforma de apoio aos refugiados confirma que o caso de Setúbal não é único.
Em entrevista à SIC Notícias, Carmo Belford apontou várias falhas a este processo que pode por em causa a segurança dos refugiados em Portugal.
“Esta negligência pode colocar em risco a vida e a segurança das pessoas. Neste caso concreto, temos já alertado de várias formas o Governo português para que, desde o início, este processo tem tido uma fraca capacidade de coordenação”, aponta.
Sobre o formulário preenchido pelos refugiados ucranianos, afirma que “é altamente ‘hackeavel’, não é um formulário que garante a proteção. Isto também é uma guerra de informação e é algo que temos que acautelar quando acolhemos refugiados vindos desse conflito”, defende.
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