Guerra Rússia-Ucrânia

Grupo de 100 civis já saiu da fábrica de Azovstal, cerca de mil continuam por retirar 

O complexo metalúrgico é o último foco de resistência em Mariupol.  

Grupo de 100 civis já saiu da fábrica de Azovstal, cerca de mil continuam por retirar 

O Presidente ucraniano anunciou que um grupo de 100 civis foi já retirado em segurança do complexo metalúrgico de Azovstal. Moscovo confirma que foram retirados pelas Nações Unidas.  

No último foco de resistência das forças ucranianas estarão ainda cerca de mil civis

Mais de dois meses depois das primeiras bombas terem começado a cair em Mariupol, resta muito pouco intacto nesta cidade portuária e na vida dos seus habitantes.   

Antes da guerra, num tempo que parece agora muito distante, viviam aqui quase 500 mil pessoas, maioritariamente russófonas.   

Ainda que seja difícil de aferir, o número de residentes não ultrapassará agora os 150 mil. Muitos dos que partiram não terão uma casa para onde regressar no final da guerra, nem sabem se nessa altura Mariupol será na Ucrânia ou na Rússia.   

Esta cidade é estratégica para os interesses do Kremlin, pela ligação que permite entre a Península da Crimeia, anexada em 2014, e as áreas do leste ucraniano controladas pelos separatistas pró-Rússia, que são também as mais férteis em recursos naturais de toda a Ucrânia.  

A 21 de abril, depois de semanas de cerco e de combates que transformaram a vida da maior parte dos habitantes num exercício de sobrevivência, Vladimir Putin considerou um sucesso aquilo a que chamou a libertação de Mariupol.  

Os militares russos controlam agora uma cidade devastada, à exceção do complexo metalúrgico de Azovstal, onde permanece o último foco de resistência composto por cerca de dois mil elementos do controverso Batalhão de Azov.  

A milícia paramilitar formada em 2014 para combater os separatistas no Donbass, muitas vezes associada à ideologia neonazi, integra a Guarda Nacional Ucraniana.   

As forças russas cercam a área, de onde têm saído da rede de túneis e abrigos subterrâneos apenas alguns civis a conta-gotas. Nas últimas 48 horas cerca de uma centena foi retirada para Zaporíjia.  

Cerca de mil civis estarão ainda por retirar, a viver em condições cada vez mais adversas.   

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