Após uma conversa com o patriarca Kirill, o Papa Francisco diz que o líder da Igreja Ortodoxa russa não pode ser acólito de Putin. Para a jornalista da Renascença, especialista em assuntos religiosos, Aura Miguel, são palavras fortes que revelam o pessimismo e alguma impaciência do chefe da Igreja Católica.
O Vaticano revelou novos conteúdos da conversa de 40 minutos, via Zoom, que o Papa Francisco teve com o patriarca russo Kirill.
“O patriarca Kirill não pode ser acólito de Putin”, referiu o líder da Igreja Católica.
Para a jornalista especialista em assuntos religiosos, Aura Miguel, esta declaração revela “um ato de perda de paciência do Papa”.
“Foi muito forte dizendo que os pastores não podem ser clérigos do poder e muito menos o patriarca, um acólito de Putin”, disse.
As relações entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa russa continuam melindradas e o patriarcado de Moscovo não perdeu tempo a reagir.
“Com um comunicado muito duro dizia mesmo: é deplorável que um mês e meio depois o tom errado do Papa tenha prejudicado um diálogo que já era frágil”, citou Aura Miguel.
O chefe da Igreja Católica já revelou intenções de ir a Moscovo e a Kiev.
SAIBA MAIS
- Kremlin diz que não houve acordo para encontro entre Putin e o Papa
- Líder da Igreja Ortodoxa e “Carniceiro de Bucha” visados nas novas sanções da UE
- Papa quer ir a Moscovo encontrar-se com Putin
- Papa disse que é “melhor ser ateu do que católico hipócrita”?
- Papa Francisco pede ao patriarca russo para defender a paz e o fim da guerra