O Estado-Maior das forças armadas ucranianas alertou hoje para o que descreveu como “preparações para entrar em combate iminente” por parte de grupos armados e tropas russas na Transnístria, um território separatista na vizinha Moldávia.
As forças concentradas naquele território estão “em plena preparação” para o combate, segundo o comunicado do Estado-Maior General, divulgado pelo portal de informação Unian.
As autoridades ucranianas alertam há semanas para uma possível extensão do conflito em direção àquela região separatista pró-russa da Moldávia.
Ataques de ‘drones’ [aparelhos aéreos não tripulados] não identificados foram reportados na Transnístria.
A situação na Transnístria começou a ficar tensa no final de abril, após uma série de tiroteios e explosões em prédios e infraestruturas do Governo, que, segundo as autoridades separatistas, vieram do território ucraniano.
Kiev assegurou que foi uma operação de “bandeira falsa” da Rússia para culpar a Ucrânia pelos ataques, além dos preparativos para lançar uma ofensiva, enquanto a Rússia descreveu esses incidentes como uma tentativa de arrastar este território para o conflito armado na Ucrânia.
Estima-se que a Rússia tenha estacionado permanentemente na Transnístria, com meio milhão de habitantes, um contingente de cerca de 1.500 soldados.
A Moldávia solicitou a adesão à União Europeia (UE), enquanto a Transnístria pediu que sua independência fosse reconhecida após esta decisão dada por Chisinau, a capital da Moldávia.
A Transnístria, um território de apenas meio milhão de habitantes, na maioria eslavos, cortou laços com a Moldávia após um conflito armado (1992-1993), durante o qual recebeu assistência da Rússia.
Ao abrigo do Acordo sobre a Resolução Pacífica do Conflito na Transnístria, assinado em julho de 1992, a Rússia enviou 2.400 soldados para garantir a paz na zona, mas tem vindo a reduzir este contingente ao longo dos anos.