O Ministério da Defesa russo anunciou, esta segunda-feira, um acordo para retirar combatentes ucranianos feridos que se encontram entrincheirados no complexo siderúrgico de Azovstal, o último bastião da resistência ucraniana na cidade portuária de Mariupol.
As autoridades ucranianas não confirmaram, até agora, qualquer acordo.
“Um regime de silêncio [das armas] está em vigor atualmente e um corredor humanitário aberto, pelo qual os soldados ucranianos feridos estão a ser transportados para os estabelecimentos médicos de Novoazovsk”, em território controlado pelas forças russas e pró-russas, indicou o ministério russo em comunicado.
Segundo o texto, trata-se do resultado de negociações com representantes dos próprios militares ucranianos que estão escondidos numa rede de túneis no perímetro daquele gigantesco complexo industrial.
A Defesa russa não precisou quantas pessoas serão retiradas do local.
De acordo com as autoridades ucranianas, encontram-se ainda lá cerca de 1.000 soldados, 600 dos quais feridos.
“Negociações muito difíceis”
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou na sexta-feira à noite “negociações muito difíceis” para retirar os soldados gravemente feridos e o pessoal médico da siderurgia.
Mulheres, crianças e idosos que estavam refugiados nas instalações foram todos retirados no final de abril, graças a uma operação coordenada pela ONU e pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha.
A cidade portuária estratégica de Mariupol foi totalmente devastada pelas tropas russas, no âmbito da ofensiva iniciada a 24 de fevereiro sobre território ucraniano.
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