O vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnullin, convocou, esta quarta-feira, a cidade ucraniana de Melitopol, localizada na região administrativa de Zaporíjia, no sul do país, a juntar-se à “família russa”, durante uma visita a zonas controladas pela Rússia.
“O futuro desta cidade é trabalhar no âmbito da família russa. Por isso vim aqui, para dar o máximo de apoio, a possibilidade de integração”, afirmou, citado no serviço de mensagens Telegram do canal de televisão Krim 24.
O político russo visitou a cidade, a segunda mais importante de Zaporíjia, com uma população de cerca de 160 mil pessoas, e que foi tomada dois dias após o início da campanha militar russa na Ucrânia.
O governante também visitou a central nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, localizada na cidade Energodar, perto de Melitopol.
Marat Khusnullin prometeu que a central “vai continuar a funcionar e todos os empregos serão mantidos”, lembrando que a Rússia tem muita experiência no ramo nuclear.
Nesse contexto, afirmou que a Rússia não tem problemas em fornecer eletricidade da eletronuclear à Ucrânia se Kiev “estiver disposta a recebê-la e a pagá-la”.
“Se não receber, [a central] trabalhará para a Rússia”, assegurou.
O funcionário do Kremlin indicou que “a energia nuclear é uma das mais baratas e competitivas”, dizendo que “não haverá dificuldade na venda de eletricidade”.
Na terça-feira, Marat Khusnullin visitou a região vizinha de Kherson, também ocupada por militares russos, e pediu o relançamento da sua economia com a ajuda da Rússia.
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