O Presidente da Ucrânia diz que a Rússia está aumentar os ataques aéreos para compensar as falhas das tropas no terreno. Os bombardeamentos de Moscovo voltaram a atingir alvos civis.
Uma das vítimas do ataque que atingiu um prédio de cinco andares em Bakhmut, na região de Donetsk, foi um rapaz de 9 anos, ferido com gravidade. Mas morreram sete pessoas.
Esta quarta-feira, a Ucrânia denuncia novos ataques russos a zonas residenciais. Em Mykolaiv, por exemplo, ou em Dnipro, onde as forças russas dispararam dois mísseis, um deles intercetado pela força aérea ucraniana. Os destroços caíram junto a casas, ferindo uma mulher.
O Presidente da Ucrânia diz que também as regiões de Lugansk, Lviv, Sumy e Chernihiv voltaram a ser bombardeadas.
Zelensky diz que a defesa ucraniana está cada vez mais forte.
O Ministério da Defesa russo contrapõe. Divulgou imagens de novos ataques de artilharia contra o que diz serem “fortalezas ou centros de comando ucranianos”.
A ofensiva prossegue ao mesmo tempo que, noutros pontos, decorrem também operações de desminagem.
Será um trabalho longo. As autoridades ucranianas estimam que a limpeza do terreno só fique concluída entre 5 e 10 anos após a ofensiva. Dizem que o Exército russo deixou um grande número de dispositivos explosivos, usou sistemas de minas controladas remotamente e criou campos minados em cidades com muitos habitantes. O perigo deverá manter-se por tempo indeterminado para as populações.
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